No Dia da Dança, conheça danças tradicionais da China reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial



29 de abril de 2025

{{brizy_dc_image_alt entityId=

A China é berço de uma das civilizações mais antigas do mundo. O país mantém vivas diferentes tradições um legado cultural, que incluem danças carregadas de histórias, mitos e valores de comunidades por gerações. 

Algumas são reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial, essas expressões artísticas são testemunhos vivos da diversidade étnica e da conexão entre passado e presente. 

Das celebrações rituais aos festivais populares, cada dança é um mosaico de cores, movimentos e simbolismos. Conheça melhor algumas delas, que são heranças culturais do país e fazem parte da identidade chinesa.

Dança do Dragão (龙舞, Lóng Wǔ)

A Dança do Dragão é muito popular durante eventos importantes e nos festivais chineses, especialmente durante o Ano Novo Lunar. Ela simboliza prosperidade e poder. Executada por dançarinos que manipula uma estrutura de bambu e tecido, imitando os movimentos ágeis do dragão, uma criatura mitológica que representa a força da natureza. A execução da coreografia exige muita sincronia e resistência física.

Originária da dinastia Han (206 a.C.–220 d.C.), a dança era parte de rituais para invocar chuva e boas colheitas. Atualmente, é um espetáculo que une acrobacias, percussão e cores vibrantes, mantendo viva a devoção por símbolos ancestrais.

Juntamente com a Dança do Leão, é parte essencial das celebrações do Festival da Primavera - Ano Novo Chinês, que passou a integrar a lista da UNESCO em 2024. Sua inclusão individual na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade deve ser votada ainda esse ano.

Ópera tibetana (藏戏)

A ópera tibetana é uma forma de arte performática profundamente enraizada na cultura tradicional dessa minoria étnica chinesa. É mais popular na região de Qinghai-Planalto Tibetano, no sudoeste da China.

Combinando acrobacia e canto com outras formas de arte performática, essa antiga arte performática, é altamente representativa da cultura tradicional tibetana. Ela combina canto, dança, canto, acrobacia e elementos religiosos. Os enredos das apresentações abrangem desde mitos, lendas e história até eventos da vida contemporânea.

Nesses espetáculos, atores vestindo trajes coloridos e máscaras pintadas narram, cantam ou dançam para desempenhar diferentes papéis. Uma máscara vermelha geralmente representa um rei, uma verde, uma rainha, e uma amarela, uma divindade.

Em 2006, a ópera tibetana foi incluída no primeiro grupo do Patrimônio Cultural Imaterial (PIC) nacional da China. Mais tarde, em 2009, foi adicionada à lista do PCI da UNESCO. Artistas profissionais e amadores contribuíram para o patrimônio da ópera tibetana.

Ópera Kun Qu (崑曲)

Inscrita em 2008 na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO, a  Ópera Kun Qu desenvolveu-se durante a dinastia Ming (séculos XIV a XVII) na cidade de Kunshan, situada na região de Suzhou, no sudeste da China.

Com raízes no teatro popular, o repertório de canções evoluiu para uma importante forma teatral. Kun Qu é uma das formas mais antigas de ópera chinesa ainda hoje apresentada.

Caracteriza-se por sua estrutura e melodia dinâmicas (kunqiang) e por peças clássicas como o Pavilhão das Peônias e o Salão da Longevidade. Combina canto e recital, bem como um complexo sistema de técnicas coreográficas, acrobacias e gestos simbólicos. A ópera apresenta um jovem protagonista masculino, uma protagonista feminina, um velho e vários papéis cômicos, todos vestidos com trajes tradicionais. As canções Kun Qu são acompanhadas por uma flauta de bambu, um pequeno tambor, badalos de madeira, gongos e címbalos, todos usados ​​para pontuar ações e emoções no palco. Reconhecida pela virtuosidade de seus padrões rítmicos (changqiang), a ópera Kun Qu teve uma influência considerável em formas mais recentes de ópera chinesa, como a Ópera de Sichuan ou a Ópera de Pequim.

Dança dos potes Mongol (顶碗舞, Dǐng Wǎn Wǔ)

Originária das pastagens da província Mongólia Interior, a Dança dos Potes - também chamada de Dança das tigelas - é uma demonstração de equilíbrio e graça.

As mulheres dançam com pilhas de pratos na cabeça, por vezes segurando taças e sinetas nas mãos, enquanto executam giros suaves sem derrubar nenhum objeto. A coreografia, que remonta a rituais antigas dos nômades, simboliza harmonia e precisão. Os trajes bordados e os cantos em khöömei (canto gutural) completam a imersão na cultura mongol, destacando-se como uma das expressões mais delicadas do patrimônio imaterial da China.

Compartilhe essa publicação nas redes sociais
Copy link
URL has been copied successfully!
WhatsApp
LinkedIn
Share
Follow by Email

Conectando Culturas, Construindo Pontes

Inscreva-se em nossa newsletter e receba mais informações.