Apresentação do Grupo de Danças da Universidade Minzu do Noroeste da China terá sessão extra em São Paulo
12 de agosto de 2024

Como parte das comemorações dos 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China, o Grupo de Danças da Universidade Minzu do Noroeste da China se apresenta em São Paulo.
O espetáculo “Cores da China: um Caleidoscópio Étnico”, que faz parte da Temporada Cultural da China no Brasil, terá uma sessão extra no Teatro Gazeta dia 18 de agosto, às 15:00. A entrada é franca, mas os ingressos são limitados. Eles serão distribuídos por ordem de chegada, a partir de 60 minutos antes do início da programação.
O espetáculo reúne dança, canto e música instrumental, oferecendo um panorama da rica herança cultural chinesa. O cenário leva o público à arte milenar de Dunhuang, à lendária Rota da Seda e às enigmáticas grutas de Mogao, com trajes autênticos, iluminação especial e uma mistura de instrumentos tradicionais chineses e ocidentais.
O Grupo de Danças da Universidade Minzu do Noroeste da China vem pela primeira vez ao Brasil. A companhia, fundada em 1953, destaca-se na promoção da diversidade cultural das minorias étnicas chinesas. Ganhador de diversos prêmios nacionais e internacionais, já se apresentou em eventos culturais na ONU em Viena, Camboja, Itália e Rússia.
O evento é uma realização do Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina), da Universidade Minzu do Noroeste da China e do Ministério da Cultura, através de financiamento da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com organização da Comissão Nacional de Assuntos Étnicos da China, Embaixada da China no Brasil e Consulado da China em São Paulo, e apoio da CPFL, Instituto CPFL, State Grid, Bank of China, Chinese Bridge Club in São Paulo e Delb.
Abertura: Dança “Lar” 3’23”
Coreografia: Kou Liang e Jiancuotai / Elenco: Corpo de baile
“Lar” é o lugar onde a alma encontra paz, é a fonte de energia que une e move todos os chineses. Com uma linguagem corporal expressiva, o espetáculo retrata a integração entre as 56 etnias que compõem a população chinesa, unidas por vínculos fortes como uma grande família. A coreografia destaca a solidariedade e o esforço conjunto para construir um futuro de paz e prosperidade.
— PARTE I —
Dueto vocal “Anseio” 3’51”
Letra: Tian Di Música: Yin Qing / Interpretação: He Yingqin e Yin Hui
Esta canção que fala de esperança por uma vida melhor ecoa temas centrais do nosso tempo. A letra expressa o desejo por um futuro próspero e a determinação de realizar sonhos antigos.
Dança “Kucha” 5’00”
Coreografia: Li Qian e Li Mingdong / Elenco: Mubarak Aziguli, Dong Junhan e Zhang Tianshu
A Rota da Seda desempenhou um papel importante no intercâmbio entre as civilizações. As pinturas murais descobertas em grutas da região de Kucha e de outras localidades ao longo dessa rota retratam cenas de música e dança que ilustram o fértil diálogo entre as culturas. Como tributo a esse legado, esta coreografia apresenta uma releitura contemporânea das danças eternizadas naqueles murais, celebrando a beleza e a harmonia que afloram da diversidade cultural.
Solo de morin huur “Cavalo branco” 3’36”
Música: Aorigele / Interpretação: Bi Eruli
O morin huur é um instrumento de cordas friccionadas tradicional dos mongóis. Este clássico do repertório do “violino mongol” alterna entre momentos de serenidade e intensidade. Nos trechos mais vibrantes, o som evoca a imagem de cavalos galopando livremente pelas vastas pradarias. Nos momentos mais tranquilos, é possível imaginar um cavalo branco brincando mansamente à beira do riacho. As notas pintam um quadro de harmonia entre a natureza e os seres humanos.
Solo vocal feminino “Rosa vermelha” 3’15”
Letra e Música: Liao Yong / Interpretação: Zhu Zijian
Com uma melodia que evoca a cultura de Xinjiang, região autônoma conhecida por sua diversidade étnica e rica tradição musical, a letra explora o simbolismo da rosa vermelha, flor que representa a paixão e o romance, para retratar a intensidade do amor juvenil.
Dança “Dunhuang encantada” 5’40”
Coreografia: Li Qian e Li Mingdong / Elenco: Corpo de baile
Inspirada nos afrescos da Gruta 225 de Mogao, em Dunhuang, esta peça traz ao palco a beleza das imagens e a essência espiritual das danças antigas. Os bailarinos, com movimentos graciosos, recriam a elegância e serenidade da arte da dinastia Tang (618-907).
Solo de flauta de bambu “Nova canção dos pastores” 4’45”
Música: Jian Guangyi / Interpretação: Zhu Taihe
Composição de Jian Guangyi (1966) inspirada em canções folclóricas da Mongólia Interior. Combinando o estilo musical tradicional com uma melodia envolvente, a música evoca imagens das vastas pradarias e captura a essência da vida dos pastores nômades daquela região autônoma.
Solo de dança “Metamorfose” 4’13”
Coreografia e Interpretação: Liu Baojun
Em movimentos expressivos e simbólicos, este solo de dança explora a jornada de transformação pessoal, inspirada no processo de metamorfose das borboletas. A coreografia celebra a coragem necessária para abraçar mudanças profundas, romper as barreiras do casulo e emergir renovado.
— PARTE II —
Solo vocal masculino “Estrelas brilhantes” 3’24”
Letra, Música e Interpretação: Niangjijia
Com uma atmosfera criada pela fusão de melodias tibetanas e hip-hop, a letra exalta quem se destaca por seu talento e perseverança, como as estrelas mais brilhantes no céu noturno. Com versos poderosos e uma melodia marcante, a canção inspira o público a buscar seus sonhos, superar desafios e brilhar intensamente.
Pas de deux “Travessia” 5’50”
Coreografia: Li Tingting e Li Qian / Elenco: Dong Junhan e Zhang Tianshu
Dois seres iluminados, conhecidos como bodhisattvas, são o tema central desta dança inspirada nas pinturas da Gruta 71 de Dunhuang. A coreografia une a estética das pinturas murais com a criatividade dos artistas para transportar o público a um ambiente místico. Ao fundir a cultura milenar chinesa com uma linguagem artística contemporânea, o bailado propõe uma experiência que vai além do que os olhos podem ver.
Solo vocal feminino “Brisa da primavera” 3’20”
Letra: Shi Shunyi Música: Meng Weidong / Interpretação: He Yingqin
Uma nova era desponta no horizonte, e com ela, ganha força o Sonho Chinês. Esse conceito representa as aspirações individuais e coletivas rumo à renovação. Em uma linguagem poética e vibrante, a letra evoca a energia da primavera como metáfora para o florescimento do país. Mais do que uma ode à prosperidade da nação e seu povo, esta canção é uma declaração de amor e esperança pelos novos tempos que se anunciam.
Dança “Músicos celestiais” 4’20”
Coreografia: Li Mingdong e Li Qian / Elenco: Corpo de baile
Como num sonho, os seres celestiais das antigas pinturas ganham vida e dançam ao som dos tambores e do alaúde. Recriando a beleza etérea da arte de Dunhuang, a coreografia envolve o público em uma atmosfera mágica, repleta de encanto e esplendor.
Solo de pipá “Emboscada por dez lados — uma nova versão” 3’56”
Música: Ma Jiuyue / Interpretação: Wang Jie
Ao mesclar elementos contemporâneos com a riqueza do folclore musical do país, esta peça cria uma fusão inovadora. O resultado é uma melodia que, embora ancorada em suas raízes, ganha uma nova dimensão de intensidade. O andamento acelerado nos conduz diretamente ao campo de batalha de um período tumultuado. As notas agudas e enérgicas pintam um retrato sonoro vívido: de um lado, a euforia dos vencedores; do outro, a bravura dos derrotados.
Dança “Os homens do planalto nevado” 6’10”
Coreografia: Agong Aojiancairang / Elenco: Corpo de baile
Uma homenagem à resiliência dos moradores do altiplano, região conhecida por seu clima inóspito. Os passos enérgicos traduzem a autoconfiança e a bravura características desse povo. Longe de ser um ambiente estéril, o planalto coberto de neve revela-se próspero e cheio de vida. Este é um tributo à conexão profunda entre um povo e sua terra, e à capacidade humana de florescer diante das adversidades.
Solo vocal masculino “Monte Moni” 4’10”
Letra: Lü Yanwei Música: Masi Batu / Interpretação: Yin Hui
Esta melodia típica da Mongólia Interior exalta a imponência do Monte Moni e o encanto das pradarias que se estendem a perder de vista. Os versos louvam a índole generosa e destemida dos mongóis e a afeto profundo que dedicam à sua terra natal.
Encerramento: “Fruto da Prosperidade Chinesa” 3’22”
Letra: Wang Jianping Música: Saiyin / Interpretação: Zhu Zijian Elenco: Todos os artistas
Encerrando o espetáculo, as diversas etnias que compõem o povo chinês entrelaçam seus destinos ao da pátria, como as sementes de romã que se mantêm unidas em um abraço inseparável. Lado a lado, de mãos dadas e corações em uníssono, todos se empenham na construção de um amanhã radiante e próspero.
“Cores Da China: Um Caleidoscópio Étnico”, com o Grupo de Danças da Universidade Minzu do Noroeste da China
Data: 18 de agosto de 2024
Horário: 15:00
Local: Teatro Gazeta, na Av. Paulista, 900 - Bela Vista, São Paulo
Evento gratuito, com distribuição no Teatro por ordem de chegada, a partir das 14:00.
Gênero: Dança
Classificação indicativa: Livre
Acessibilidade: Teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Intérprete de libras na sessão.
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